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NEOJIBA promove eventos para discutir estratégias de ensino musical coletivo e educação para pessoas com deficiência

  • 30 jan, 2023

Entre os dias 23 e 27 de janeiro, o NEOJIBA, programa do Governo da Bahia, promoveu o 13º Seminário Pedagógico e o 4º Colóquio sobre Educação Musical para Pessoas com Deficiência. Os encontros reuniram coordenadores pedagógicos, instrutores e integrantes multiplicadores, além da equipe de Desenvolvimento Social.

“São eventos que a gente promove anualmente que alinham o pensamento pedagógico da equipe. É uma semana de muita discussão de estratégias de ensino, metodologia, planejamento e alinhamentos institucionais. Recebemos pessoas que vêm de todos os núcleos do NEOJIBA e todo mundo sai daqui com o mesmo direcionamento. Isso é muito importante para que a gente possa manter a qualidade do nosso trabalho”, contou José Henrique de Campos, diretor educacional do NEOJIBA.

O seminário pedagógico foi aberto pelo maestro Ricardo Castro, fundador e diretor-geral do programa, e também contou com a participação do novo secretário de Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas. “O NEOJIBA nos orgulha a todos, baianas e baianos. É uma experiência que alia o potencial da arte na produção de sentidos - dando mais sentido à vida das pessoas e das comunidades - com inclusão e cidadania. Temos muito orgulho de fazer parte dessa história vitoriosa e também deste momento. O seminário pedagógico é uma oportunidade para que o conjunto de educadores possa pensar sobre as atividades do NEOJIBA em todas as suas dimensões e aprofundar os debates sobre os próximos rumos”.

Uma das novidades do seminário deste ano foi a participação dos monitores, os integrantes bolsistas que atuam como jovens multiplicadores. Paulo Silva, trombonista da Orquestra Castro Alves, foi um deles. “Foi uma semana muito rica. Pude obter informações, ferramentas, conhecimentos, práticas. Vou poder levar tudo isso para a sala de aula, algo que é meu sonho desde criança. No NEOJIBA tive a chance de descobrir que no futuro serei professor de música”.

Música para todos

A programação do seminário foi encerrada com a realização do 4º Colóquio sobre Educação Musical para Pessoas com Deficiência. A pesquisadora Alana Costa, que está estudando o tema no mestrado, contou que essa ainda é uma discussão pouco presente até mesmo nas universidades. “Ainda há essa lacuna na formação dos professores de música. Me formei há pouco tempo e no curso tinha apenas uma disciplina de educação especial que era optativa e estava com o currículo defasado. O NEOJIBA é muito vanguardista neste sentido. Hoje, não é mais possível não pensar em inclusão”.

Ao lado de Darlan Gabriel, coordenador do núcleo SESI Itapagipe, Alana traçou um histórico das ações desenvolvidas pelo programa ao longo dos anos, desde a criação, em 2011, de um grupo de canto coral formado por integrantes com deficiência intelectual. Eles defenderam que é preciso olhar mais para as semelhanças do que para as diferenças, além de fazer as adaptações necessárias para que todas as crianças e adolescentes possam aprender juntos.

Durante o colóquio, Yuli Martinez, coordenadora de canto coral, também trouxe a experiência do coral Laringectom, apoiado pelo NEOJIBA. O coral é formado por pacientes laringectomizados, que perderam as cordas vocais e tiveram que encontrar uma nova voz para cantar. Um dos integrantes do coral, Wilde Sento Sé, emocionou a todos com a canção "A Voz do Coração", composta por ele.  À tarde, os participantes voltaram a se reunir para analisar estudos de caso e discutir estratégias de atuação.

Sobre o NEOJIBA

Criado em 2007, o NEOJIBA (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia) promove o desenvolvimento e integração social prioritariamente de crianças, adolescentes e jovens em situações de vulnerabilidade, por meio do ensino e da prática musical coletivos. O programa é mantido pelo Governo do Estado da Bahia, vinculado à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, e gerido pelo Instituto de Desenvolvimento Social Pela Música. Em 15 anos, o NEOJIBA atendeu, direta e indiretamente, mais de 12 mil crianças, adolescentes e jovens entre 6 e 29 anos. Atualmente, o programa beneficia 2.300 integrantes diretos em seus 13 núcleos, e 4.500 indiretos em ações de apoio a iniciativas musicais parceiras.


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