Uma voz e uma orquestra

  • 13 nov, 2019

Uma voz e uma orquestra

 

Músicas românticas e dançantes e muitas risadas. Foi assim a noite de sábado e/ou domingo para quem foi ao Teatro Castro Alves no último fim de semana ( 09 e 10/11).

 

O show de Daniel Boaventura e a Orquestra Castro Alves, uma das formações orquestrais do NEOJIBA, teve 2 horas de duração e 20 músicas, sucessos internacionais em inglês, espanhol, russo, italiano e em português. Teve também momentos engraçados, dança, fotos no meio da música e até lágrimas. Um show que vai ficar na memória da dona de casa Cecília Patrícia da Silva. Ela mora em São Paulo e ao saber do show em Salvador, onde está de férias com o filho, Alexandre Silva, fez questão de assistir. Chegou a chorar de emoção: “Lindo, coisa divina.” Ao lado deles, o diretor teatral Fernando Guerreiro, criador da Cia. Baiana de Patifaria e que trabalhou com Daniel Boaventura no início dos anos de 1990.

 

Fernando sempre acompanhou o trabalho como ator e como cantor de Daniel Boaventura e passou o show inteiro dando risada com as brincadeiras e tendo a certeza que ele está formando um público próprio: “Ele achou uma linha musical maravilhosa, achou um caminho para chegar até ao público”

 

Daniel Boaventura não só cantou, deixou o ator dentro dele aparecer várias vezes, brincou com o público, com os músicos, fez piada e desceu do palco para cantar entre a plateia, distribuiu beijos e simpatia. Entre uma frase e outra da canção, fotos e brincadeiras. 

 

 

Em um momento, sentou no colo de uma fã arrancando gargalhadas de todos. Em outro momento, agora mais sério, ficou até emocionado. Disse que se sentia honrado de cantar na terra dele e ao falar do NEOJIBA, lembrou do pai, o professor, advogado e escritor Edivaldo Machado Boaventura. Falou que o pai ficava falando do NEOJIBA o tempo todo e ele ficou curioso para conhecer e quando conheceu ficou encantado. “Esse é um projeto maravilhoso que já atendeu milhares de jovens como esses que estão aqui no palco, uma referência no mundo”. Chegou a dizer ao público que ia ficar na plateia ouvindo a orquestra. A Orquestra Castro Alves participou com 80 integrantes, com idades entre 14 e 23 anos, sob a regência do maestro Marcos Rangel. 

 

 

O maestro disse que houve uma troca entre Daniel e a orquestra que gerou muita energia no palco, com integrantes que vibravam, participavam e até dançavam no palco. “Acho importante para a formação desses jovens músicos que estão acostumados a tocar música clássica, sentirem como é tocar outros estilos, outras vertentes.” “Eles tocaram este ano: Thaikovsky, vão tocar Quebra-Nozes, acompanharam solistas, agora pop. Eles estão aprendendo, então é importante essa diversificação.”

 

Um dos músicos, Caio Brito, 19 anos, que toca violoncelo e está no NEOJIBA há 6 anos, disse que ficou impressionado com a vibração e a energia do público. O cantor Ricardo Chaves, que assistiu ao show de pertinho, disse que era até suspeito para falar. “ Sou fã declarado de Daniel Boaventura e do NEOJIBA”. 

 

No final, o público pediu bis e o cantor voltou com um aviso: “O pessoal do teatro disse que a pista de dança está liberada”, mais risadas e uma plateia que aceitou o convite e foi dançar em frente ao palco. No meio da última música, uma pessoa grita: “MARAVILHOSO”.

Foi mesmo, maravilhoso.

 

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