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Chega de saudade! Orquestras do NEOJIBA fazem primeira apresentação com público no TCA

  • 17 nov, 2021

Por alguns segundos, Daiane Amorim manteve o braço esticado para explicar o que estava sentindo com a volta dos concertos presenciais do NEOJIBA, programa social do Governo da Bahia, no Teatro Castro Alves. "Olha, eu tô arrepiada. Estava contando os dias, as horas e os segundos para esse momento. Tô muito emocionada de estar aqui e poder sentir o calor da orquestra de perto". O reencontro dos jovens músicos com o público do TCA aconteceu na noite desta terça-feira (16/11), depois de quase 20 meses de saudades acumuladas pela pandemia.

O concerto contou com um público reduzido, seguindo todos os protocolos de prevenção à COVID-19. Na plateia, estiveram apenas convidados, familiares e colaboradores do programa. Daiane é mãe de Amanda Amorim, violista da Orquestra Castro Alves (OCA), que abriu a noite com uma apresentação inspirada do último movimento da Quinta Sinfonia de Beethoven. Curiosamente, esta mesma obra, uma das mais conhecidas e deslumbrantes do universo da música de concerto, esteve presente no último concerto do NEOJIBA no TCA antes da pandemia, em março de 2020.

Desta vez, a regência foi do maestro Eduardo Salazar, que também conduziu a próxima peça do programa, a vibrante "Conga del Fuego Nuevo", do compositor mexicano Arturo Márquez. Entre uma apresentação e outra, vieram os aplausos, que estavam fazendo falta para Kailane Oliveira, que também toca viola na OCA. "Eu nem lembrava mais como era olhar para a plateia e realmente ter alguém assistindo. E é sempre incrível tocar no TCA. Sou de Simões Filho e aí quando a gente vem se apresentar aqui, no maior teatro da cidade, é algo muito grande… Todo mundo se arruma, compra roupa. É muito especial".

Depois da OCA, foi a vez dos músicos da Orquestra 2 de Julho, principal formação do NEOJIBA, subirem ao palco. No intervalo entre as apresentações, Eduardo Torres, diretor musical do programa, cumprimentou o público. "É um prazer, uma honra estarmos de volta aqui tocando para vocês. É a segunda vez que nós nos apresentamos  aqui desde março de 2020 , mas da primeira vez vocês, as famílias, os amigos, não estavam assistindo ao vivo. Então é uma grande alegria, realmente".

Os integrantes da O2J provaram que não pararam de estudar e praticar durante a pandemia com a execução da complexa e bela "El Salón México", do compositor norte-americano Aaron Copland, regida pelo maestro Helder Passinho. Na sequência, foi a vez de Marcos Rangel reger a orquestra na execução do primeiro e último movimentos da Bachianas Brasileiras n 8, de Heitor Villa-Lobos. Rangel também falou da emoção de voltar a tocar para o público. "A gente ensaia muitas horas, se prepara muito, e quando nós temos a oportunidade de vir para o teatro e ter o calor humano do público, isso muda tudo. Ouvir os aplausos ao vivo muda o sentimento de missão cumprida. Faz toda a diferença".

O concerto foi encerrado com "A Força do Destino", abertura da ópera do compositor italiano Giuseppe Verdi. A vibração do teatro transbordou para quem assistia à apresentação de casa, pelo Facebook e pelo Youtube. "Esse programa me inspira todos os dias", escreveu Erenilson Ferreira.

Sobre o NEOJIBA

Criado em 2007, o NEOJIBA (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia) promove o desenvolvimento e integração social prioritariamente de crianças, adolescentes e jovens em situações de vulnerabilidade, por meio do ensino e da prática musical coletivos. O programa é mantido pelo Governo do Estado da Bahia, vinculado à Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, e gerido pelo Instituto de Desenvolvimento Social Pela Música. Em 14 anos, o NEOJIBA atendeu, direta e indiretamente, mais de 10 mil crianças, adolescentes e jovens entre 6 e 29 anos. Atualmente, o programa beneficia 1970 integrantes diretos em seus 13 núcleos e 4.500 indiretos em ações de apoio a iniciativas musicais parceiras.

 

 


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